Mochilão pela América do Sul: quanto custa e quais países visitar?

Veja como planejar um mochilão pela América do Sul. Saiba quais são os melhores destinos, quanto levar, quando ir e outras dicas de viagem.

Ana Isabel Castro Atualizado em 11 abril 2025 às 18:00 15 min de leitura

Fazer um mochilão pela América do Sul é uma das melhores formas de conhecer vários países e cidades em uma única viagem.

Com um estilo bastante independente, os mochileiros gostam de ter a liberdade de montar seu próprio roteiro e aproveitar o passeio da maneira que for melhor pra eles. Se conectando sempre com novas pessoas e culturas, eles não dispensam uma boa aventura!

Se você também tem esse perfil e já pensou em fazer um mochilão pela América do Sul, mas ainda não sabe como se organizar, quais os melhores destinos para esse tipo de viagem e nem quanto isso vai custar? Então está no lugar certo!

Este guia vai te ensinar a planejar a viagem dos seus sonhos. Vamos mostrar alguns dos melhores destinos para conhecer no continente sul-americano. Veja só!

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Quais países visitar em um mochilão pela América do Sul?

Paisagens incríveis e um povo acolhedor são atrativos que fazem dos nossos vizinhos uma excelente opção para viajar e descobrir novos lugares.

Como, na maioria das vezes, falta tempo para conhecer tudo o que a América do Sul tem para oferecer, vamos te mostrar alguns dos principais destinos e dos melhores atrativos de cada país, além daqueles locais que não podem faltar no seu roteiro. Vem com a gente!

Brasil

Com tantas praias, cachoeiras, matas, cidades históricas, boa comida e uma população calorosa, porque não começar o seu mochilão pelo nosso país?

O Brasil tem um território continental, com cenários que vão de florestas a praias paradisíacas, passando por cidades modernas, vilas charmosas, parques incríveis e muitas outras atrações. Há muito a ver e conhecer.

Um mochilão permite que você conheça lugares fantásticos sem gastar muito, incluindo as maravilhas amazônicas, como a Ilha do Marajó e Alter do Chão, praias como as da Costa dos Corais, em Alagoas, e da Costa do Descobrimento, na Bahia, as cidades históricas de Minas Gerais, a Serra Gaúcha e muito mais.

Argentina

Há tempos considerada um dos destinos mais acessíveis para viajantes brasileiros, a Argentina não oferece apenas as vantagens de uma moeda desvalorizada em relação ao real, mas também muitas atrações e destinos diferentes.

Se quiser começar pela fronteira com o Brasil, visite as Cataratas do Iguaçu no lado argentino, que tem um ângulo bem diferente do brasileiro, e aproveite também para conhecer Puerto Iguazu, cidade que faz parte da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

Já quem gosta mais de sair à noite vai adorar os cassinos e as boates de Mar Del Plata, ou a cena cultural diversificada de Buenos Aires, com seus museus, teatros e bibliotecas.

Há até opções para mochileiros que podem gastar mais e gostam de se aventurar na neve, como Bariloche, que fica na fronteira com o Chile e é rodeada por belas montanhas e lagos.

Bolívia

A Bolívia é um destino que não pode faltar no seu roteiro, oferecendo uma boa dose de economia e experiências incríveis, embora requeira um bom planejamento. Afinal, você precisará enfrentar altitudes elevadas em todo o país.

Comece seu mochilão pela colorida capital La Paz, que é uma das cidades mais altas do mundo, com 3.650 metros de altitude. Depois que seu organismo se acostumar, a cidade reserva muitas surpresas com as atrações arqueológicas de Tiwanaku e o Vale da Lua, além da estação de esqui Chacaltaya.

Ademais, não dá para passar pela Bolívia sem conhecer o lago navegável mais alto do mundo, o Lago Titicaca, que tem acesso por Copacabana. E ainda dá para ir até o Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo.

Chile

Muitos mochileiros costumam combinar em uma mesma viagem destinos da Argentina e do Chile. Essa é mesmo uma boa opção, já que os dois países são próximos e oferecem roteiros semelhantes.

Em território chileno, a capital Santiago atrai muitos turistas, inclusive brasileiros, com vinícolas, arquitetura, palácios e mirantes.

Valparaíso tem paisagens incríveis entre seus morros e colinas, enquanto em Viña del Mar o clima é de praia.

E para quem gosta de uma boa aventura, não pode faltar o Deserto do Atacama, com cerca de 200 km de extensão e tesouros como a cidade de San Pedro de Atacama.

Colômbia

Basta um pouquinho de tempo para se adaptar aos 2.640 metros de altitude de Bogotá e logo você já vai poder aproveitar para conhecer museus, parques, igrejas e construções históricas, além de provar uma boa comida nos diversos restaurantes da capital da Colômbia.

Estique seu roteiro até Medellín, a cerca de 400 quilômetros de Bogotá: a cidade, que durante muito tempo foi assolada pela violência e pela atuação do Cartel de Medellín, hoje oferece segurança aos moradores e turistas.

Agora, se você quiser pisar na areia branca e se refrescar em águas cristalinas, não deixe de passar por Cartagena, cidade colombiana com arquitetura colonial e várias ilhas.

Um mochilão te deixa longe de casa e, algumas vezes, sozinho e sem contato com a família por várias semanas — ou até meses, se você tiver mais tempo.

Por isso, é essencial contratar um seguro viagem para garantir que você esteja amparado caso aconteça algum imprevisto durante o seu passeio. Claro que ninguém espera por isso, mas é melhor estar sempre prevenido, não é mesmo?

Com esse serviço, você pode ter cobertura em caso de extravio de bagagem, além de receber atendimento odontológico e hospitalar, assessoria jurídica, medicamentos e liberação e transporte de corpo, em caso de acidente ou falecimento durante a viagem, e muito mais!

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Equador

O Equador é um dos países preferidos pelos mochileiros de plantão, por combinar ótimas opções de passeios e preços mais baixos.

Um bom roteiro pelo país deve incluir uma visita a Quito, a capital de paisagem dramática marcada por vulcões e geleiras. Você pode até fazer um passeio de teleférico até Cruz Loma, a 4.200 metros acima do nível do mar, e conhecer a paróquia de San Antonio do Cantão de Quito, onde fica o monumento da linha do Equador, que divide o mundo;

Cuenca é outra cidade bastante charmosa, com suas ruas e seus casarões coloniais, além de parques naturais e construções religiosas que datam do século XVI, enquanto Galápagos, a mil quilômetros da costa do país, dá acesso a algumas das paisagens mais selvagens e preservadas do mundo.

Paraguai

O Paraguai é outro país que está na fronteira com o Brasil e merece ser conhecido, tanto pela proximidade, quanto por suas atrações. É o caso da capital Assunção, que guarda atrativos como o Panteão Nacional, sua suntuosa catedral e museus como a Casa da Independência e o Memória da Cidade.

Faça, ainda, uma parada em Encarnación. É lá que estão as ruínas das antigas Missões Jesuítas na região, que ajudam a contar a história da colonização espanhola no continente.

O melhor de tudo é que você pode incluir mais de um país no mesmo roteiro: Ciudad del Este, por exemplo, divide a fronteira com Puerto Iguazú, na Argentina, e a brasileira Foz do Iguaçu, o que pode poupar muito tempo em deslocamentos.

Peru

Machu Picchu, na região de Cusco, faz do Peru um dos países mais procurados para mochilão na América do Sul, sendo casa dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo e berço da cultura Inca.

Outra boa atração para os mochileiros é Arequipa. Também chamada de “cidade branca”, fica aos pés do vulcão El Misti, que tem 5.822 metros. É uma boa cidade-base para quem deseja visitar também a misteriosa Nazca, conhecida por seus geóglifos pré-históricos.

E não se esqueça da capital, Lima, considerada um dos melhores destinos gastronômicos do mundo e casa de excelentes bares, restaurantes e museus.

Uruguai

O Uruguai também é uma boa opção de destino para combinar com a Argentina e o Chile em uma única viagem.

Você pode começar seu tour pela capital, Montevidéu, onde poderá conhecer prédios históricos, teatros e mercados, além de se encantar com o pôr-do-sol à beira do Rio da Prata.

Se você viajar durante o verão, aproveite para se refrescar nos balneários de Punta del Este e Punta del Diablo, um dos destinos preferidos entre os mochileiros no país.

Já aqueles que preferem relaxar depois de um longo deslocamento não vão se arrepender de visitar Colonia del Sacramento, com seu centro histórico tombado pela Unesco.

Como organizar um mochilão pela América do Sul?

Para não correr o risco de enfrentar perrengues durante o seu mochilão pela América do Sul, a única saída é fazer um bom planejamento.

Definir um roteiro coerente, organizar a documentação, escolher a melhor época para viajar e equilibrar o orçamento são alguns dos pontos que garantem uma viagem mais tranquila e proveitosa.

Quer saber mais? A seguir, você encontrará dicas valiosas para facilitar sua organização, confira!

Escolha seus destinos

A América do Sul é um continente repleto de possibilidades, com paisagens naturais deslumbrantes, cidades cheias de história e muita diversidade cultural.

Para definir seus destinos, leve em consideração os lugares que mais despertam seu interesse, seja a trilha para Machu Picchu, o deserto do Atacama, as praias do Caribe colombiano ou a moderna Buenos Aires.

Avalie também fatores como a época do ano, clima, segurança e os custos de cada país, que te ajudarão a criar um roteiro equilibrado.

Além disso, vale a pena pesquisar sobre vistos, vacinas obrigatórias e eventuais restrições de entrada para garantir uma viagem sem imprevistos. Desse modo, você assegura que seu roteiro vai caber no tempo que tem disponível e poderá fazer ajustes para adequar seu planejamento ao seu orçamento.

Programe suas rotas

Depois de escolher os destinos, é hora de organizar as melhores rotas para conectar os pontos da sua viagem. A América do Sul tem um extenso sistema de transportes, incluindo ônibus de longa distância, voos regionais e até barcos em certas áreas, como na Amazônia.

Planeje os deslocamentos com base na distância, custo e tempo disponível. Em alguns casos, vale a pena optar por viagens noturnas de ônibus para economizar com hospedagem e ganhar tempo para explorar os destinos.

Entenda a duração da viagem

Saber quanto tempo você tem disponível para o mochilão ajudará a definir um ritmo adequado para a viagem.

Se você tem algumas semanas, talvez seja melhor focar em um ou dois países e explorá-los com mais calma. Já uma viagem mais longa permite conhecer diferentes regiões e incluir deslocamentos maiores.

Do mesmo modo, evite planejar um roteiro muito corrido para não passar mais tempo no transporte do que aproveitando os lugares. Assim, vai sobrar tempo para fazer o que você realmente deseja: curtir ao máximo a sua experiência.

Calcule seus gastos

Defina um orçamento realista para evitar surpresas durante a viagem. Considere os custos com passagens, hospedagem, alimentação, transporte, passeios e até imprevistos, de modo a antecipar gastos eventuais e evitar surpresas desagradáveis.

Tenha em mente que alguns países, como Bolívia e Peru, costumam ser mais baratos para mochileiros, enquanto Argentina e Chile podem exigir um orçamento maior.

Uma boa dica é ter um controle diário de gastos e separar uma reserva para emergências, o que ajudará a manter as finanças sob controle durante o mochilão.

Compre suas passagens

Adquirir passagens com antecedência pode gerar boas economias, especialmente em trechos aéreos. Se possível, compre passagens multidestinos, que permitam chegar por uma cidade e sair por outra, evitando trajetos desnecessários.

Para trechos internos, pesquise alternativas como ônibus e trens, que muitas vezes despontam como opções mais econômicas. Se possível, fique atento a promoções e programas de milhas, que podem render uma boa economia em passagens aéreas.

Quanto custa um mochilão pela América do Sul?

O custo de um mochilão pela América do Sul é proporcional às escolhas que o mochileiro fizer. O valor final vai variar de acordo com os destinos escolhidos, a moeda do país visitado, o meio de transporte utilizado, o estilo de viagem e até a época do ano.

Em média, um mochileiro pode gastar entre US$ 30 e US$ 60 (respectivamente R$ 176,01 e R$ 352,01 em abril de 2025) por dia de viagem, considerando hospedagens econômicas, transporte, alimentação simples e passeios básicos.

Países como Bolívia, Peru e Equador costumam ter um custo mais baixo, enquanto Argentina, Chile e Brasil podem exigir um orçamento maior, principalmente nas grandes cidades e regiões turísticas.

Planeje-se bem em relação aos deslocamentos: ônibus de longa distância são opções acessíveis e bastante utilizadas por mochileiros, mas em alguns casos, passagens aéreas compradas com antecedência podem compensar.

Além disso, tenha em mente que viajar na alta temporada, como férias e feriados, pode tornar tudo mais caro, enquanto na baixa temporada é possível encontrar melhores ofertas.

Qual a melhor época para fazer um mochilão pela América do Sul?

Não existe uma única resposta para essa pergunta. A América do Sul é um grande continente, e as condições climáticas variam drasticamente a depender da região em que você se encontra.

Quem deseja visitar os Andes, como Machu Picchu, a Bolívia e o norte do Chile, deve dar preferência aos meses de inverno, entre maio e setembro, quando o clima é mais seco e há menos chuvas que possam atrapalhar os passeios.

Se a sua meta é conhecer o sul do continente, como a Patagônia, o ideal é viajar entre novembro e março, quando as temperaturas estão mais amenas e as trilhas e estradas estão em melhores condições.

Já para roteiros pelo Brasil e países do Caribe sul-americano, como Colômbia e Venezuela, o verão, de dezembro a março, é a estação mais indicada, com condições perfeitas para curtir as praias e os parques, embora seja também a época mais movimentada e com preços mais altos.

Vale a pena fazer um mochilão pela América do Sul?

Sim, fazer um mochilão pela América do Sul vale a pena porque o continente é dotado de uma diversidade surpreendente de paisagens, culturas e experiências a um custo relativamente acessível.

De desertos áridos a florestas tropicais, de cidades cosmopolitas modernas a vilarejos históricos, cada país tem algo incrível a proporcionar, e a proximidade geográfica facilita os deslocamentos. Ou seja, você pode visitar os mais diferentes cenários sem a necessidade de grandes investimentos.

O mochilão também representa uma excelente oportunidade de praticar espanhol e até mesmo aprender expressões em línguas indígenas, além de ser uma forma de desenvolver habilidades de adaptação, independência e planejamento, sem falar no deleite de conhecer a saborosa gastronomia sul-americana.

É seguro fazer um mochilão pela América do Sul?

Fazer um mochilão pela América do Sul pode ser seguro, desde que o viajante tome alguns cuidados básicos, como evitar exibir objetos de valor, pesquisar sobre a segurança de cada destino e utilizar transportes confiáveis.

Muitos dos principais destinos turísticos do continente estão preparados para receber mochileiros e oferecem com boas opções de hospedagem, transporte e infraestrutura.

Uma dica extra é viajar com um seguro viagem, capaz de garantir assistência em caso de emergências ou imprevistos, incluindo proteções para bagagens e outros serviços.

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